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sábado, 15 de maio de 2010

PENSAR, FALAR E QUESTIONAR...

Pensamento: sua importância no desenvolvimento da linguagem.

 

Para entendermos o pensamento e sua relação com a linguagem e o ensino, antes buscamos falar do pensamento numa perspectiva filosófica, já que podemos dizer que na filosofia, os questionamentos são buscados pelo pensamento. O pensamento é o passeio da alma, é a maneira com que nosso espírito parece sair do corpo para conhecer o mundo. É essa curiosa atividade por meio da qual saímos de nós mesmos sem sairmos de nosso interior. É também a maneira pela qual  sair de si e entrar em si são uma só e mesma  coisa, como um vôo sem sair do lugar. Isso seria o que a criança faria se o professor, especificamente o de português procurasse desenvolver a linguagem do aluno, sobretudo a língua padrão, por meio do estímulo do pensamento imaginativo, fazendo com que o aluno viaje, saia de si e dê asas à imaginação.

 

O pensamento é uma atividade diária, pensamos sozinhos ou acompanhados, cada pessoa pensa de maneira diferente e é por meio do pensamento que se aprende, que se questiona, que se liberta, que cria e produz, tudo expressado por meio das palavras. É por isso que estamos buscando uma forma de mostrar que o estímulo do pensamento é de grande importância para o desenvolvimento da linguagem, é preciso saber pensar para se expressar bem, por isso há uma necessidade extrema sobre  a reflexão do uso da linguagem. Essa reflexão se processa no pensamento.

 

O desenvolvimento cognitivo do ser humano se acelera consideravelmente após a aquisição da linguagem. Este impulso nos processos cognitivos começa quando criança, por meio da visível interação com o mundo e com os falantes ao seu redor. É durante esta evolução que a criança aprende a estruturar seus pensamentos para representar o mundo que a cerca. Sabemos, portanto, que a maior parte desse período a criança passa na escola, se não houver uma variedade de estímulos para pensar e falar a criança não se desenvolverá ao ponto de saber argumentar, seja sobre qualquer que seja o assunto. 

 

Quando somos estimulados a falar automaticamente somos estimulandos a pensar e vice versa. Essa é uma atividade que amplia a competência discursiva, no entanto, boa parte das crianças e jovens estudantes brasileiros, só tem acesso aos textos escritos através da escola. O ideal seria ter contato com diversos tipos de textos, bem como o contato com pessoas diferentes, pois falar estimula o pensamento, levanta questionamento, levantando assim, uma evolução subsequente de um ao outro - sim, porque pensar e sucessivamente falar sobre tais, num treinamento diário e progressivo que posteriormente poderá tornar-se mais complexo. 

 

Pensar é “refletir; meditar; é um processo mental que se concentram as idéias; atividade de conhecimento; consciência; raciocínio; formulação de um juízo etc”. Podemos observar que em todos os conceitos, o pensamento aparecem numa perspectiva intrapessoal, ou seja, é possível várias pessoas simultaneamente pensar em um mesmo fato, mas cada uma dessas pessoas terá seu modo individual de pensar, porém nem por isso o fato deixará de existir como é. Fato é que não existe formas padronizadas de pensar, mas o ato de refletir, pensar e dar sua própria resposta facilita o seu desenvolvimento lingüístico e aflora o senso crítico. 

 

O pensamento está inter-relacionado à linguagem, ao pensar e refletir sobre uma questão, de qualquer maneira estará usando conceitos ou significados diferentes  para articulá-lo por meio das palavras, assim você cria um sistema de argumentação exclusico. Enfim, o que não pode acontecer é ficar parado, ler é um fator primordial no desenvolvimento do pensamento, mas já falamos da leitura em outra matéria.

          por PATRÍCIA MÁRIS 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 6 de maio de 2010

IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DE LEITURA

O desenvolvimento lingüístico por meio da leitura:


Chamamos ‘educação lingüística’, ao processo ininterrupto que se dá por meio do uso reflexivo da linguagem, a qual possibilita e permite a conquista de novas habilidades lingüísticas, particularmente daquelas associadas aos padrões da escrita, de grande importância no futuro, sobretudo profissional do aluno durante o período escolar.

O próprio aluno deve priorizar o aprimoramento da fala e à escrita. Falar e escrever com sabedoria é adequar essa fala e escrita às situações. Em outras palavras, para cada situação de fala existe uma maneira mais adequada de falar, como usar a formalidade quando falamos com alguém desconhecido, ou usar a norma culta com o próprio professor ou com alguém superior etc – enfim, são as variações que devem ser incluídas no currículo de formação do professor. Na escrita, as adequações se dão através do gêneros textuais, para cada gênero existe uma forma adequada de escrevê-lo.

A ‘Educação lingüística’ que compreende o estudo da variação e da prática da reflexão lingüística, bem como o desenvolvimento constante e ininterrupto das habilidades de leitura e escrita (aliadas às práticas orais), é uma alavanca para o sucesso de qualquer profissional. O estudo dos gêneros textuais (orais e escritos), são práticas que favorecem o desenvolvimento lingüístico adequado à norma padrão da língua, ou seja leia todo tipo de texto.

Segundo Kleimam, linguista que defende avidamente a prática de leitura, o fracasso geral do aluno na escola se dá pela falta de leitura, pois os professores de todas as disciplinas reclamam que os alunos não leem - daí a culpa de o aluno não interpretar, recair sobre o professor de português o qual deve ter um posicionamento pedagógico que permita a interdisciplinaridade para incentivar o aluno a desenvolver-se também nas outras matérias.

Dessa forma, de qualquer área de estudo está inter-relacionado a outros, permitindo assim que um texto derive seus significados de outros. “Todo texto remete a outros textos no passado e aponta para outros no futuro.”  Construir significados é possível com a prática de leitura. Assim, a obrigação da aula de leitura não fica só sob a responsabilidade do professor de português. Toda aula, de qualquer área pode ser aula de leitura.

O prática de leitura pode tornar mais acessível ao ensino da norma culta, já que a grande dificuldade dos alunos é o uso adequado da língua, seja escrita ou falada. O hábito de leitura possibilita o entendimento de outras disciplinas, tornando possível uma adequação lingüística às necessidades.

Os PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais, nos dizem que a importância e os usos da linguagem são determinados de acordo com a necessidade social de cada momento, portanto, atualmente, há uma necessidade extrema em atender às exigências de pessoas que lêem e escrevem bem e por isso é necessário ampliar no aluno a competência discursiva mas que para isso, é essencial o uso de textos, a prática de leitura.

Essa prática de leitura pode começar em sala de aula, desde as primeiras séries. Os alunos precisam conhecer diversos gêneros progressivamente, começando pelos mais simples (orais, por exemplo), saber que eles são organizados de diversas formas. O professor dever usar os gêneros adequados às necessidades de aprendizado dos alunos e, segundo os PCN, selecionar aqueles mais importantes, como aqueles que merecerão uma abordagem mais profunda, os quais podem favorecer a reflexão crítica, o exercício de formas de pensamento mais elaboradas e abstratas, como o uso artístico da linguagem, em outras palavras, selecionar os mais úteis para a plena participação numa sociedade.

Os alunos precisam de uma oferta maior de gêneros diferenciados de leitura, das mais simples como: uma bula de remédios, uma lista de compras às mais elaboradas como uma notícia de jornal, por exemplo, motivando-os à prática da leitura. Encontramos a sugestão desta graduação passando dos textos simples aos mais complexos, nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN 3º e 4º ciclos).

Assumir a tarefa de formar leitores impõe à escola a responsabilidade de organizar-se em torno de um projeto educativo comprometido com a intermediação da passagem do leitor de textos facilitados (infantis ou infanto-juvenis) para o leitor de textos de complexidade real, tal como circulam socialmente na literatura e nos jornais; do leitor de adaptações ou de fragmentos para o leitor de textos originais e integrais.


O próprio estagiário pode usar diferentes textos de um mesmo assunto, o que favorece o desenvolvimento da capacidade de analisar criticamente o uso da linguagem – além de favorecer na identificação dos gêneros, a qual favorece a interpretação. Quanto maior a prática de leitura, maior será a compreensão e interpretação do uso da linguagem, assim o aluno fará inferências, desenvolverá o senso crítico, terá opiniões, saberá argumentar, refletir etc, enfim, terá o domínio verbal.

Não podemos dar aos alunos “pedaços de textos”, estes devem ser inteiros, de modo a favorecer o entendimento numa unidade semântica completa. Esses fragmentos, devem ser esquecidos, até mesmo nos exercícios devemos manter a prática de leitura de textos inteiros, mesmo que menores, pois além de o aluno estar lendo algo com começo meio e fim, estimulando o pensamento, estará exercitando o entendimento, descobrindo a intenção do autor, é um grande passo para a compreensão.“ A compreensão de uma obra qualquer, numa língua muito familiar (a língua materna, por exemplo), enriquece igualmente a compreensão da língua em seu sistema.” – quando o aluno lê o texto e compreende, estará compreendendo o funcionamento da própria língua, sobretudo a norma culta que num processo simultâneo de aprimoramento favorecerá o desenvolvimento lingüístico.
Enfim, a prática de leitura nos acrescenta uma grande capacidade de argumentação e saber argumentar é o caminho para não ser ludibriado!

                                    Por: Patrícia Máris 











domingo, 28 de fevereiro de 2010

COMO FALAR BEM EM PÚBLICO


A primeira atitude de quem vai falar em público é se vestir apropriadamente, usar sempre roupas e sapatos confortáveis para não se sentir incomodado enquanto fala.

 

Não basta apenas ser inteligente: veja como transmitir a impressão de inteligência e confiança ao fazer apresentações ou falar em reuniões.

 

O mais importante é dominar o assunto que vai falar, estudar muito é interessante.

 

Profissionais especializados em ensinar as pessoas a usar com efetividade a sua capacidade de comunicar não são novidade. No Brasil temos um exemplo bastante conhecido para quem é “do ramo”: Glorinha Beuttenmüller, a fonoaudióloga que praticamente moldou o padrão de expressão do telejornalismo brasileiro.

 

E eventualmente estes profissionais compartilham seus segredos com o público em geral. É o caso de Patricia Fripp, uma profissional (certificada) dos discursos, que compartilhou em um breve artigo uma seqüência de dicas para quem quer moldar sua forma de expressão para ajudar a passar uma impressão a seu público ou interlocutores.

 

Lembre-se de que passar a impressão certa não basta: para ser efetiva, a impressão transmitida precisa corresponder à realidade. Mas todos nós já vimos apresentadores e palestrantes que dominam seu assunto mas não conseguem transmitir uma boa imagem sobre si próprios, o que acaba impedindo que eles comuniquem adequadamente a sua mensagem.

 

Para evitar passar por esta mesma situação, veja algumas das dicas do artigo:


Para soar inteligente: diminua um pouco o ritmo da sua fala, para permitir-se selecionar as melhores opções de vocabulário ao mesmo tempo em que passa a imagem de reflexão.


Para demonstrar polidez: nunca responda perguntas com apenas “sim” ou “não”. Forme frases completas: “Sim, eu o conheci em uma visita anterior”, “Não, os dinossauros não coexistiram com o homo sapiens”.


Para soar mais articulado: faça um esforço para pronunciar todos os fonemas de cada palavra, com atençao especial ao final de todas elas.


Veja sugestões de quem está habituado a falar com o público:


- Evite gesticular muito ou ficar estático;


- Para as mulheres: evite jogar os cabelos, usar muitas pulseiras barulhentas, excesso de maquiagem, colares gigantes e luminosos etc;


- Para os homens: evite colocar as mãos nos bolsos, para não passar uma imagem de tímido o desajeitado;


- Evitar usar mal palavras como “coisa” e “tipo…”; 


- Evite falar “hum”, “éééé…”, “bem” ou “né?” onde deveria haver apenas pausas; 


- Evite gírias e palavras “da moda”; 


- Entenda as demandas de sua audiência, e satisfaça-as; 


- Domine o assunto sobre o qual irá falar (é óbvio, mas quanta gente desobedece essa?) 

 

As duas últimas provavelmente são as mais importantes de todas. Sozinhos, nenhuma técnica ou modelo são capazes de garantir um bom discurso, apresentação ou participação em reunião, mas todo mundo pode aperfeiçoar seus métodos, e aprender com as experiências dos profissionais do ramo.


FALAR E SE EXPRESSAR BEM REQUER CUIDADOS

 

1) Prepare-se para falar. Assim como você não iria para a guerra municiado apenas com balas suficientes para acertar o número exato de inimigos entrincheirados, também para falar não deverá se abastecer com conteúdo que atenda apenas ao tempo determinado para a apresentação. Saiba o máximo que puder sobre a matéria que irá expor. Isto é, se tiver de falar 15 minutos, saiba o suficiente para discorrer pelo menos 30 minutos. Não se contente apenas em se preparar sobre o conteúdo, treine também a forma de exposição. Faça exercícios falando sozinho na frente do espelho, ou, se tiver condições, diante de uma câmera de vídeo. Atenção: embora esse treinamento sugerido dê fluência e ritmo à apresentação, de maneira geral, não dá naturalidade. Para que a fala atinja bom nível de espontaneidade fale com pessoas. Reúna um grupo de amigos, familiares ou colegas de trabalho, ou de classe, e converse bastante sobre o assunto que irá expor.

 

2) A naturalidade pode ser considerada a melhor regra da boa comunicação. Se você cometer alguns erros técnicos durante uma apresentação em público, mas comportar-se de maneira natural e espontânea, tenha certeza de que os ouvintes ainda poderão acreditar nas suas palavras e aceitar bem a mensagem. Entretanto, se usar técnicas de comunicação, mas apresentar-se de forma artificial, a platéia poderá duvidar das suas intenções. Respeite seu estilo de comunicação. Você vai se sentir seguro e suas apresentações serão mais eficientes.

 

 

3) Não confie na memória, leve um roteiro como apoio. Algumas pessoas memorizam suas apresentações palavra por palavra imaginando que assim se sentirão mais confiantes. A experiência demonstra que, de maneira geral, o resultado acaba sendo muito diferente. Se você se esquecer de uma palavra importante na ligação de duas idéias, talvez se sinta desestabilizado e inseguro para continuar. O pior é que ao decorar uma apresentação você poderá não se preparar psicologicamente para falar de improviso e ao não encontrar a informação de que necessita, ficará sem saber como contornar o problema. Use um roteiro com as principais etapas da exposição, e frases que contenham idéias completas. Assim, diante da platéia, leia a frase e a seguir comente a informação, ampliando, criticando, comparando, discutindo, até que essa parte da mensagem se esgote. Se a sua apresentação for mais simples poderá recorrer a um cartão de notas, uma cartolina mais ou menos do tamanho da palma da mão, que deverá conter as palavras-chave, números, datas, cifras, e todas as informações que possam mostrar a seqüência das idéias. Com esse recurso você bate os olhos nas palavras que estão no cartão e vai se certificando que a seqüência planejada está sendo seguida.

 

 

4) Use uma linguagem correta. Uma escorregadinha na gramática aqui, outra ali, talvez não chegue a prejudicar sua apresentação. Entretanto, alguns erros grosseiros poderão ser fatais. Os mais graves que costumam ocorrer são: "fazem tantos anos", "menas", "a nível de", "somos em seis", "meia tola", entre outros. Mesmo que você tenha uma boa formação intelectual, sempre valerá a pena fazer uma revisão gramatical, principalmente quanto à conjugação verbal e às concordâncias.

 

 

5) Saiba quem são os ouvintes. Cada público possui características e expectativas próprias, e que precisam ser consideradas em uma apresentação. Procure saber qual é o nível intelectual das pessoas, até que ponto conhecem o assunto e a faixa etária predominante dos ouvintes. Assim, poderá se preparar de maneira mais conveniente e com maiores chances de se apresentar bem.

 

 

6) Tenha começo meio e fim. Anuncie o que vai falar, fale e conte sobre o que falou. Depois de cumprimentar os ouvintes e conquistá-los com elogios sinceros, ou mostrando os benefícios da mensagem, diga qual tema vai abordar. Assim, a platéia acompanhará seu raciocínio com mais facilidade, porque saberá aonde deseja chegar. Em seguida, transmita a mensagem, sempre facilitando o entendimento dos ouvintes. Se, por exemplo, deseja apresentar a solução para um problema, diga antes qual é o problema. Se pretende falar de uma informação atual, esclareça inicialmente como tudo ocorreu até que a informação nova surgisse.

 

 

7) Tenha uma postura correta. Evite apoiar-se apenas sobre uma das pernas e procure não deixá-las muito abertas ou fechadas. É importante que se movimente diante dos ouvintes para que realimentem a atenção, mas esteja certo de que o movimento tem algum objetivo, como por exemplo, destacar uma informação, reconquistar parcela do auditório que está desatenta, etc. Caso contrário é preferível que fique parado. Cuidado com a falta de gestos, mas seja mais cauteloso ainda com o excesso de gesticulação. Procure falar olhando para todas as pessoas da platéia, girando o tronco e a cabeça com calma, ora para a esquerda, ora para a direita, para valorizar e prestigiar a presença dos ouvintes, saber como se comportam diante da exposição e dar maleabilidade ao corpo, proporcionando, assim, uma postura mais natural. O semblante é um dos aspectos mais importantes da expressão corporal, por isso dê atenção especial a ele. Verifique se ele está expressivo e coerente com o sentimento transmitido pelas palavras. Por exemplo, não demonstre tristeza quando falar em alegria. Evite falar com as mãos nos bolsos, com os braços cruzados ou nas costas. Também não é recomendável ficar esfregando as mãos, principalmente no início, para não passar a idéia de que está inseguro ou hesitante.

 

 

8) Seja bem-humorado. Nenhum estudo comprovou que o bom humor consegue convencer ou persuadir os ouvintes. Se isso ocorresse os humoristas seriam sempre irresistíveis. Entretanto, é óbvio que um orador bem-humorado consegue manter a atenção dos ouvintes com mais facilidade. Se o assunto permitir e o ambiente for favorável, use sua presença de espírito para tornar a apresentação mais leve, descontraída e interessante. Cuidado, entretanto, para não exagerar, pois o orador que fica o tempo todo fazendo gracinhas pode perder a credibilidade.

 

9) Use recursos audiovisuais. Esse estudo é impressionante: se apresentar a mensagem apenas verbalmente, depois de três dias os ouvintes vão se lembrar de 10% do que falou. Se, entretanto, expuser o assunto verbalmente, mas com auxílio de um recurso visual, depois do mesmo período, as pessoas se lembrarão de 65% do que foi transmitido. Mais uma vez, tome cuidado com os excessos. Nada de Power Point acompanhado de brecadinhas de carro, barulhinhos de máquina de escrever, e outros ruídos que deixaram de ser novidade há muito tempo e por isso podem vulgarizar a apresentação. Um bom visual deverá atender a três grandes objetivos: destacar as informações importantes, facilitar o acompanhamento do raciocínio e fazer com que os ouvintes se lembrem das informações por tempo mais prolongado. Portanto, não use o visual como "colinha", só porque é bonito, para impressionar, ou porque todo mundo usa. Observe sempre se o seu uso é mesmo necessário. Faça visuais com letras de um tamanho que todos possam ler. Projete apenas a essência da mensagem em poucas palavras. Apresente números em forma de gráficos. Use cores contrastantes, mas sem excesso. Posicione o aparelho de projeção e a tela em local que possibilite a visualização da platéia e facilite sua movimentação. Evite excesso de aparelhos. Quanto mais aparelhos e mais botões maiores as chances de aparecerem problemas.

 

 

10) Fale com emoção. Fale sempre com energia, entusiasmo, emoção. Se nós não demonstrarmos interesse e envolvimento pelo assunto que estamos abordando, como é que poderemos pretender que os ouvintes se interessem pela mensagem? A emoção do orador tem influência determinante no processo de conquista dos ouvintes.

COMO FAZER TRABALHOS ESCOLARES

Trabalho escolar. Essa expressão cria pânico no mais inteligente dos seres. Mas se você aprender a forma correta de se produzir um bom trabalho, vai achar bem fácil nas próximas vezes em que o professor pedir um texto mais elaborado.

O primeiro passo é delimitar o tema. Por exemplo, se o professor pedir um trabalho sobre a I Guerra Mundial, então você terá que abordar todos os aspectos desse fato, desde suas origens até as suas conseqüências. No entanto, se ele pedir um trabalho sobre as alianças estratégicas desse período, então você deverá ater-se ao tema proposto. Nestes casos o “mais” vira menos. Tentar rebuscar demais pode ser visto pelo seu professor como uma maneira de “enrolar” sobre um assunto que você não domina.

Delimitado o tema, é hora de procurar fontes diversas que expressem as diferentes abordagens e opiniões dos autores. Isto sim vai fazer diferença no seu trabalho, pois vai provar que você pesquisou bastante antes de fazer o texto. Ao ler os livros, vá fazendo um resumo com as principais idéias do texto. Ao final da pesquisa você terá todo o material necessário para escrever um texto de sua total autoria, ou seja, sem cópia.

Um bom texto é um texto autêntico, sem reproduções, salvo aquelas que são citadas entre aspas nos casos de fala muito relevante. A ortografia é imprescindível, e com a popularização do computador, são poucos os professores que aceitam erros ortográficos e gramaticais nos trabalhos, pois os editores de texto fazem correções automaticamente. Para ter a certeza de que o seu texto está claro, peça para que alguém o leia e pergunte se as idéias estão concisas e objetivas.

Visual

A organização visual de um trabalho é imprescindível para dar credibilidade ao seu conteúdo. Por isso, nada de desenhos, figuras e cores em demasia. Se for realmente importante dar destaque a algo, use o “negrito”. Na capa deve constar o nome da escola, o título do trabalho, o nome do aluno, a cidade e a data. O trabalho pode ser encadernado (no caso de muitas folhas) ou colocado em pastas com canaletas nas laterais para ser lido como um livro.

Por dentro, o trabalho deve estar impecável. A fonte mais usual é a Times New Roman de tamanho 12. Essa configuração deve ser a mesma em todo o trabalho, salvo a capa. Se o texto tiver muitas páginas, aconselha-se numerá-las e produzir um sumário contendo os subtítulos e as páginas em que eles se encontram. É necessária a produção de uma introdução, que explique do que se trata o trabalho e os temas que serão abordados.

No final, uma conclusão deve ser redigida, explicitando os novos conhecimentos adquiridos por você ao fazer o trabalho. A bibliografia deve vir por último e deve nela constar todo o material consultado por você, seguindo o modelo abaixo:

SOUZA, Marla Rodrigues. Como produzir um bom trabalho. 2ª edição. Goiânia: Editora Brasil Escola, 2008. 54 páginas.

As páginas de internet também devem ser citadas. Com essas dicas, fazer um trabalho escolar vai ser fácil, fácil. Anote o passo-a-passo e surpreenda o seu professor com um trabalho de excelente qualidade!

DICAS PARA RESUMIR BEM

Para quem tem dificuldade em assimilar o que lê e em organizar todo o conteúdo que está estudando, a técnica de resumos pode ser um aliado e tanto para melhorar a sua capacidade de síntese e compreensão.

Muitas pessoas têm maior facilidade em lembrar daquilo que vêem e por isso a memória deles é chamada “visual”. Quem tem memória visual deve dar ênfase nos resumos, nas imagens, nos gráficos e cores utilizados em todos estes. Grifar um texto em vermelho, por exemplo, vai te ajudar a selecionar determinada parte como importante e a sua memória logo vai apreendê-la.

Fazer um resumo de cada matéria estudada é de grande ajuda para a hora da prova. Ao invés de ter que estudar todo o conteúdo outra vez na véspera, basta consultar os seus resumos e você logo lembrará de todas as informações adjacentes. Por esse motivo, é primordial que o resumo seja feito com suas palavras, para ajudar-lhe a lembrar do conteúdo assim que ler a sua síntese.

Os gráficos e esquemas também podem ajudar a criar relações entre significados. Essa é uma boa dica para quem tem “brancos” na hora da prova. Criando as tais relações, assim que você se esquece de uma informação o seu cérebro faz a ligação com outra informação sobre o mesmo assunto. Dessa maneira, as idéias fluem naturalmente, como um recurso de auto-memória.

Por isso, ao fazer resumos é preciso exercitar a sua capacidade de síntese e objetividade. As palavras-chave fazem parte das melhores maneiras de produzi-los. De nada adianta fazer ligações com textos enormes, porque depois será difícil de correlacioná-los com outra informação. Nas palavras-chave constam somente aquelas informações realmente importantes, que fazem ligações em seu cérebro com outras informações também importantes sobre o conteúdo que você já estudou.

O mesmo vale para os resumos de livros literários. Copiar o resumo da internet pode até fazer você saber sobre a história do livro, mas não permitirá a sua compreensão sobre a obra como um todo. O ideal é ler o livro, fazer o seu próprio resumo e só depois disso ler um resumo alheio. Assim você poderá tirar dúvidas e ter acesso às análises dos livros sob uma visão literária, compreendendo o ambiente em que foi produzida a obra.

COMO ESTUDAR

É comum vermos os jovens estudantes do ensino médio tentando fugir de estudar em casa, mas é importante que eles tenham em mente a importância do estudo diário e não só na véspera da prova. O estudo em casa deve ser uma tarefa contínua, porque o conteúdo programático dessa fase da educação é muito extenso e por muitas vezes podem existir dificuldades de aprendizado ou de fixação e memorização.

Para combater este mal, tantas vezes corriqueiro no dia-a-dia dos adolescentes, é preciso que eles façam a experiência de estudar diariamente por, pelo menos, um mês e verificar se o “sacrifício” compensa ou não. Com empenho vai ser fácil perceber o quanto estudar será fácil, as aulas se tornarão mais interessantes e as provas serão feitas como se fossem exercícios da tarefa de casa.

Como começar

Primeiramente, coloque como meta o ato de não estudar só na véspera da prova e jamais utilizar o período da madrugada para estudar. Além de não haver concentração suficiente nesta hora, o aluno fica com sono e não presta atenção na aula do dia seguinte. O ideal é criar um programa de estudos que acompanhe as suas aulas no colégio. Por exemplo, se durante a manhã você tem aula de Português, História, Geografia e Física então reserve quatro horas do seu dia para revisar o conteúdo dado em sala de aula e resolver exercícios (a única forma de se treinar as disciplinas exatas é resolvendo exercícios).

Mas, atenção! Quatro horas é um tempo suficiente para se dedicar ao estudo em casa (sem contar o tempo que fica na escola), mas se você precisar ficar um pouco mais de tempo para estudar para uma prova, por exemplo, não se esqueça de jamais ultrapassar cinco horas, sob pena de o seu esforço ser em vão. Afinal, o seu cérebro também precisa descansar e depois de certo tempo entra em sobrecarga e o conteúdo literalmente “se esparrama” da sua cabeça, não fica nada. Portanto, sem exageros!

O estudo diário ajuda a prevenir os desesperos de véspera de prova, já que estudando só no último dia você vai adquirir dúvidas que não poderão ser sanadas pelo professor. Mas, se você está com o conteúdo em dia e resolver dar uma revisada um pouco antes da prova, cuidado! As informações lidas por você nesse período poderão criar falsas associações e destruir o trabalho de um mês inteiro! Nesse tempo o melhor é relaxar, manter uma respiração calma e esvaziar a mente para que o conteúdo pedido nas questões flua naturalmente.

E lembre-se que além de estudar é preciso reservar um tempo para o lazer e para praticar exercícios, que ajuda a eliminar a tensão do cotidiano e prepara o corpo para agüentar mais uma maratona de estudo.

COMO LER BEM

Ler não é um ato mecânico, pelo contrário, deve ser um ato prazeroso completamente desligado da idéia de obrigatoriedade. Não é fácil gostar de ler. Quem não adquiriu o hábito durante a infância dificilmente se encantará a cada vez que entrar em uma livraria. No entanto, muitos já perceberam que ler é essencial para se conseguir algo nesta vida.

Se você não gosta de ler, mas ao menos gostaria de gostar, aqui vão dicas que podem ajudar-lhe a se entusiasmar – ou pelo menos a suportar a relação entre você e os livros. Primeiramente é importante ter a consciência de que saber ler não significa saber compreender e este é um problema sério em nosso país. Pelo menos 38% dos brasileiros têm dificuldade em interpretar aquilo que lê. Isto é grave e deve ser combatido. Como? Com esforço próprio.

A compreensão depende muito da bagagem cultural do indivíduo e é por este motivo que a maioria dos livros indica a faixa etária ideal para lê-los. Se você ainda é jovem, em torno dos 13 anos, procure livros que tenham a ver com você. Ler Machado de Assis nesta época não vai ajudá-lo a gostar deste grande nome da literatura brasileira. Cada coisa a seu tempo. Para gostar de ler é preciso ler aquilo que lhe dá prazer, mesmo que isto seja um gibi!

Para criar o hábito da leitura, reserve um tempo do seu dia para praticar. Para que isto dê certo é preciso ser rigoroso, nada de dizer “ah, eu leio amanhã”. Lendo todos os dias o ato passará a ser corriqueiro e com o tempo se tornará um hábito inadiável. O ato de ler pode ser encarado como um ritual: procure um local tranqüilo, confortável e bem iluminado. Separe algo para beber e fique confortável (debaixo de uma mantinha quente ou de ar condicionado bem potente). Se você passar a ler em condições impróprias, o ato de ler pode ser associado à idéia de desconforto e aí “tchau” hábito da leitura.

Na ânsia de atingir o objetivo você pode acreditar que ler vários livros ao mesmo tempo pode ajudá-lo. Ledo engano. Um livro por vez é o indicado. Curta a história, entregue-se aos pensamentos e aproveite este momento (já ouviu dizer que ler é uma “viagem”?). Preocupe-se em manter um dicionário por perto, para poder consultar todas as palavras que não fazem sentido para você. Fazendo isto, além de compreender o que está lendo, a expressão passará a fazer parte do seu vocabulário.

Escreve bem quem lê muito e escreve melhor quem lê e escreve muito. Assim como o esporte, a leitura e a escrita devem ser exercitados. Quanto antes você começar, mais rápido atingirá o seu objetivo e lembre-se: o vestibular vem aí. Você está preparado para a redação?

COMO EDUCAR A MEMÓRIA

A memória é a principal aliada de todas as atividades que fazemos todos os dias, sejam elas mentais ou físicas. Para usá-la a nosso favor é preciso treiná-la e exercitá-la para que ela não nos deixe na mão sempre que precisarmos lembrar algo importante.

A capacidade de armazenar informações está ligada à capacidade física do cérebro (saúde e bem-estar) e à capacidade de organizar dados durante o processo de aprendizagem. Ambas as capacidades estão unidas à qualidade do sono. A memória “volátil” que usamos para lembrar coisas corriqueiras seleciona tudo aquilo que é mais importante e passa para a memória permanente enquanto estamos dormindo. Por esse motivo, pessoas que têm distúrbios do sono como insônia, sonambulismo e apnéia (ronco) tem mais dificuldade de concentração e mais problemas de esquecimento. Nestes casos, a ajuda médica é indispensável.

Lembrar das coisas também está ligado à inteligência, à habilidade de armazenamento e ao interesse sobre o assunto. Se uma pessoa não gosta de uma determinada matéria da escola, provavelmente terá muita dificuldade em aprendê-la e memorizá-la, pois o seu cérebro descarta as informações relacionadas por considerá-las “voláteis”.

Como melhorar

O jogo de xadrez é um bom exercício para a memória e para o raciocínio lógico (e um aliado e tanto para as aulas de matemática). Cuidar da alimentação também é importante e acrescentar pães, cereais, legumes e frutas em seu cardápio é primordial, pois estes alimentos contêm tiamina, ácido fólico e vitamina B12, essenciais para a manutenção do cérebro e da memória.

O método de repetição ajuda no arquivamento de informações, pois faz o cérebro crer que aquela informação é importante e por isso, armazena-a. Procure associar idéias a fatos ou a outras idéias para criar um sistema de conexões, o que faz você lembrar de uma coisa quando esquece de outra.

Descobrir o tipo de memória que você possui também é extremamente útil para selecionar o melhor método de estudo. Há pessoas que têm memória visual e, portanto, precisam estudar usando a leitura, os desenhos e os esquemas gráficos para serem bem-sucedidos no armazenamento de conteúdo. Para outros, a memória é auditiva e, por isso o conteúdo a ser memorizado deve ser verbalizado, os textos devem ser lidos em voz alta e discutidos com outras pessoas. O último tipo de memória é o sinestésico, relacionado aos movimentos que devem ser feitos para associar idéias.

Agora que você já sabe o que fazer, é importante saber o que não fazer. Ansiedade e nervosismo são absolutamente prejudiciais para o bom funcionamento da memória e, por esse motivo, devem ser controlados, por exemplo, com exercícios de respiração. Essa é uma maneira eficaz de se evitar os famosos “brancos” e lapsos de memória.

Por Marla Rodrigues
Equipe Brasil Escola

COMO MELHORAR SEU RENDIMENTO NOS ESTUDOS


A Equipe Brasil Escola dá muito valor no conteúdo publicado para que você, estudante, possa ter acesso a um material de qualidade que o ajude nos trabalhos escolares. No entanto, também estamos atentos à forma como vocês estão utilizando nossos artigos e queremos que o rendimento do estudo seja o melhor possível.

Nesta seção, você terá acesso a excelentes dicas de como estudar, como ler bem, como produzir um bom trabalho, como educar a memória e como fazer bons resumos. O mais importante é saber que é preciso estudar todos os dias e que, seguindo este conselho, você perceberá que não precisará sacrificar os fins-de-semana, muito menos os feriados.

Dormir ao menos oito horas todos os dias (ininterruptas, ok? Nada de dormir três horas à tarde, outras duas à noite...) e estabelecer técnicas de concentração para estudar são boas maneiras de se manter atualizado com o conteúdo ministrado pelos professores.

E por fim, manter uma vida saudável é essencial não só para conseguir estudar, mas também para ter uma excelente qualidade de vida. Praticar exercícios, sair com os amigos, viajar nas férias e se afastar de todos os vícios – inclusive o cafezinho – são boas maneiras de manter sua mente disposta para todo o “batidão” que vem aí com o vestibular.

E agora, não deixe de ler todas essas dicas mais aprofundadas nos links ao lado! Bons estudos! 

Por Marla Rodrigues
Equipe Brasil Escola

CURRICULUM PARA ESTÁGIO


CURRICULUM PARA ESTÁGIO


Obs: escreva muito com poucas palavras, seja breve para não tomar tempo do interessado em um estagiário


modelo:


HELLYEZER DA SILVA SALES


Rua Edson Lyra, 292 – Aparecida - Valença – RJ – CEP 24600-000
  Telefone: (24) 6881-1111 - E-Mail: hellyezerss@yahoo.com.br
Idade: 25 Anos - Estado Civil: Solteiro

Objetivo: Estágio em Suporte Técnico de Internet

Formação Acadêmica

 

·         Bacharelado em Sistemas de Informação – UFRJ – Em curso – 4º periodo
Conclusão prevista para 2010

·         Técnico em Informática Industrial – CEFET / MG

Conclusão em 2004

Experiência Profissional

 

·         2006-2007 – Técnico em manutenção de computadores durante 9 meses na MAFFRA LTDA. Premiado como colaborador do mês ao atingir o maior número de computadores montados dentre a equipe.

·        2005-2006 – Estágio curricular do curso técnico, não-remunerado, na SATA Sistemas. Programador PHP.

Qualificações e Atividades Complementares

 

·         Inglês Fluente – Curso concluído no FISK durante 5 anos.

·         Curso em Gestão de Redes de Computadores – Ultra Cursos / MG
Carga horária: 80 horas.

·         Curso de Gestão de Banco de Dados MySQL – Mello Tecnologia / MG
Carga horária: 45 horas.

·         Curso de Programação PHP - Mello Tecnologia / MG - Carga horária: 45 horas

·         Curso de Linux - ABBRAWEB / MG - Carga horária: 45 horas.

Informações Adicionais

 

·         Intercâmbio estudantil em Nova York, durante 6 meses - 2005

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A LEI DO ESTAGIÁRIO

A LEI DO ESTAGIÁRIO -- COMENTÁRIOS


"No dia 25 de setembro de 2008 foi promulgado a Lei nº 11.788, que revogou a Lei nº 6.494/1977, trazendo novos dispositivos sobre a relação trilateral que existe entre o estagiário, tomador de serviço e a instituição de ensino.



RELAÇÃO ENTRE ESTAGIÁRIO - INSTUIÇÃO DE ENSINO E TOMADOR


A Lei em apreço mantém algumas exigências trazidas pela Lei anterior, como, por exemplo, a obrigatoriedade do contato de estágio ser expresso e pactuado entre o tomador e o estagiário, mais necessariamente homologado pela instituição de ensino, bem como identidade nas funções exercidas pelo estagiário serem equivalente àquelas que são objeto do curso, fatos estes que se extraem da simples leituras dos incisos II e III do art. 3º da Lei, deixando claro a sua indispensável preocupação na não ocorrência de maquiagem de vínculo empregatício, o que infelizmente acontece na prática em grande número de estágios existentes.



CUIDADO!




Isso devido a carga tributária imposta na contratação de um empregado que em nosso país extrapola o limite do razoável, fazendo com que em muitas ocasiões empregadores contratem efetivos empregados, mas mascarem, disfarcem o vínculo de empregos denominando-os de autônomos, eventuais e até mesmo estagiários. Tanto é assim que o caput do art. 3º da Lei em apreço destaca a inexistência de vínculo empregatício, agora expressamente, desde que, é claro, preenchidos os requisitos necessários à configuração do lícito contrato de estágio, esclarecendo igualmente em seu 2º:
“O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.”



ACIDENTES NO ESTÁGIO


A atual Lei também mantém a necessidade do seguro contra acidentes pessoais a favor do estagiário, inovando somente no parágrafo único do art. 9º, quando alterna esta obrigatoriedade, antes exclusiva do tomador, com a instituição de ensino que poderá assumir o encargo, destacando a possibilidade do estagiário ingressar na previdência social como contribuinte facultativo.

No entanto, atual dispositivo legal também traz algumas inovações, umas de redação clara e inequívoca e outras, contudo, absolutamente confusas, como infelizmente tem se tornado hábito no Poder Legislativo em nosso País, como passamos a expor.


Nº DE ESTAGIÁRIO PARA CADA INSTITUIÇÃO


O art. 9º, III, da Lei nº 11.788/2008 destaca que cada profissional habilitado poderá ter sob sua coordenação e responsabilidade até dez estagiários, redação esta que, em princípio, se confunde com a do art. 17, que descreve:

Art. 17. O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções:
I – de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;
II – de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários;
III – de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco) estagiários;
IV – acima de 25 (vinte cinco) empregados: até 20%(vinte por cento) de estagiários.

Em um primeiro momento, a redação certamente nos parece confusa, pois, como o art. 9º destaca em seu inciso III a possibilidade de cada profissional habilitado ter até 10 estagiários se o número de estagiários dependerá do número de empregados constantes nos quadros da empresa tomadora de serviços?

Tal fato, todavia, se esclarece um pouco mais a frente, com a apreciação do § 4º do art. 17 da Lei que estabelece: “Não se aplica o disposto no caput deste artigos estágios de nível superior e de nível médio profissional”, o que denota que a imposição na contratação de estagiários dependente do número de empregados do tomador só se faz valer para os estágios de cursos especiais e não estes discriminados no texto legal exposto.



QUAL DEVE SER A JORNADA DE TRABALHO DO ESTAGIÁRIO?



Outra disposição que merece atenção e reflexão paira sobre o art. 10, que, a partir de então, impõe jornada de trabalho ao estagiário estabelecendo limites nos seguintes parâmetros:
I – 4(quatro) horas diárias e 20(vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos;
II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes de ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.

ESTAGIÁRIO EM DIAS DE PROVA



Ainda fixa em seu § 1º que, para os cursos que alternam teoria e prática, que é o caso, a guisa de ilustração dos estudantes de direito; a jornada, durante o período de férias, poderá ser prorrogada para quarenta horas semanais. Ressalva ainda fato de suma importância no § 2º quando estabelece que, em dias de provas, a carga horária imposta caíra, pelo menos, pela metade, ocasião em que os estudantes de cursos superiores somente poderão trabalhar três horas por dia.

O grande problema que paira sobre referido dispositivo legal é algo que, em muitos casos, maculam as leis brasileiras. Existe uma imposição, mas não há penalidade em caso de descumprimento, ou seja, o dispositivo de lei impõe uma obrigação, mas não criou sanção respectiva ao não cumprimento, o que certamente levará os especialistas a diversos posicionamentos.

A pergunta que não quer calar: se estagiário de nível superior trabalhar, por exemplo, oito horas por dia em qual penalidade o tomador de seus serviços incorreria?

Aplicar a ele as horas extras previstas no art. 59 da CLT, bem como o adicional de 50% estabelecido no § 1º do texto consolidado, parece temeroso, pois, se assim fosse, estaríamos impondo uma regra estabelecida exclusivamente para empregados a um tipo de trabalhador que sequer é regulado pelo Diploma Legal Consolidado.

Parece muito mais plausível, mas igualmente preocupante, o disposto no artigo art. 15, que estabelece:
Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.
§1º A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade de que trata este artigo ficará impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos, contando da data da decisão definitiva do processo administrativo correspondente.

§2º A penalidade de que trata o §1º deste artigo limita-se à filial ou agência em que for cometida a irregularidade.



VÍNCULO DE EMPREGO?



Preocupante não pela gravidade da aplicação da pena ao impor vínculo de emprego, como também em não admitir naquele estabelecimento ou filial a contratação de estagiários por mais de dois anos, mas sim em razão de que não julgamos ser possível o reconhecimento o vínculo de emprego pelo descumprimento puro e simples, por exemplo, de extrapolação de jornada, mas sim pelo preenchimento dos requisitos exigidos pelo art. 3º da CLT, que são pessoalidade, habitualidade, subordinação, e onerosidade, este último, inclusive, que diferencia o estagiário do empregado, já que não há percebimento de salário, mas sim de bolsa auxílio, aliás, artigo cuja redação trazida pela Lei em tratamento é, por nova razão, confusa.



O art. 12 da Lei prevê:

BOLSA PARA O ESTAGIÁRIO?


Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contra prestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório.


Ora, o artigo, em primeiro momento, destaca a palavra poderá, deixando claro a facultatividade do recolhimento da bolsa auxílio ou outro tipo de contraprestação, o que já ocorria na Lei anterior, para, em seguida, declarar que é compulsória a sua concessão? Prova eloqüente da confusa redação utilizada pelo legislador ordinário.

O que parece que devemos entender deste texto é que uma das duas hipóteses passaria a ser obrigatória.Assim, a partir de então, o estagiário passaria a recebe, obrigatoriamente, uma bolsa auxílio ou outra forma de contraprestação pelo serviço prestado, deixando claro a indispensabilidade e, agora, do percebimento também de vale-transporte.

Por isso entendemos que o Decreto nº 95.247/1987 passaria a ser aplicável também ao estagiário, até mesmo quando estabelece no art. 7º, § 3º, a incursão em falta grave quando declara fraudulentamente seu itinerário, para obtenção indevida de mais vales do que realmente precisaria, ou ainda o requerimento de vale-transporte quando o requerente se dirige de veículo próprio ao trabalho, ocasião em que incorre em ato de improbidade, previsto no art. 482, a, da CLT, ocasionando a demissão por justa causa do empregado.

Talvez o leitor julgue contraditória esta observação, pensando que não podemos aplicar as horas extras estabelecidas na CLT, mas podemos penalizar o estagiário com base em leis que dispõe sobre faltas graves exclusivas de empregado?

Não esse ponto. O que admitimos certamente é a demissão por justa causa, mas sim a possibilidade de se rescindir o contrato de estágio atos incorretos praticados pelo estagiário:
Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares.

§ 1º O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o estagiário receber bolsa ou outra forma de contraprestação.

Ressalva a possibilidade de fracionamento de férias (art. 13, § 2º, da Lei nº 11.788/2008), no caso de estágio ter duração inferior a um ano, o que nos parece que o estagiário que fosse desligado do estágio no curso deste ano (que equivaleria ao período aquisitivo de férias de empregado), terá direito a férias proporcionais remuneradas, obviamente sem o terço constitucional, este devido somente aos empregados e que não seria aplicado ao estagiário simplesmente por falta de amparo legal.

CONTRATOS DE ESTAGIÁRIO

O que merece atenção aqui é se os contratos de estágio em vigor seriam vinculados, a partir da publicação da Lei, às exigências por ela trazidas ou se isso somente valeria pra os contratos pactuados a partir de sua promulgação.

Entendemos ser positiva a resposta para a aplicabilidade da Lei aos contratos em vigor praticamente em todos os seus artigos, pura e simplesmente em razão do princípio da aplicação da lei no espaço e no tempo.

Sérgio Pinto Martins destaca, em seu livro Direto Processual do Trabalho (27º Ed., p. 36), que:
“Assim, os atos processuais já praticados estão resguardados pelo direito adquirido e pelo ato jurídico perfeito, não se lhes aplicando a lei processual nova. Ao contrário, se a lei processual apanha situações que ainda estão em curso, porém não consumadas, sua aplicação é imediata a essas situações pendentes.”

De fato, é o que extrai do art. 1211 do CPC, bem como do art.912 da CLT, e isso, aplicável ao direito material, vincularia os contratos de estágio em vigor.

O mestre Arnaldo Sussekind in Instituições de Direito do Trabalho (19ª Ed., vol. 1) é claro e preciso quanto às normas de direito material:
“As leis de proteção ao trabalho são de aplicação imediata e atingem os contratos em curso. Por quê?Importa distinguir, aqui, o contrato do estatuto legal. Uma lei é relativa a um instituto jurídico quando visa a situações jurídicas que encontram sua base material nas pessoas ou coisas que nos cercam, criando, diretamente, sobre esta base, uma rede de poderes e de deveres suscetíveis de interessar a coletividade. Por exemplo, o casamento, a adoção, a propriedade, etc., constituem institutos jurídicos, ou seja estatutos legais.Ao contrário, uma lei é contratual quando visa a conjunto de direitos e obrigações entre as partes do contrato, que elas são livres, em princípio, de determinar por si mesmas, e que em muitos casos, somente a elas interessarão. (...)

Assim, quando a lei modifica os institutos jurídicos, quando estabelece um novo estatuto legal, os contratos que estavam apoiados sobre um estatuto diferente perdem sua base: terão, fatalmente, que serem modificados.Ora, as leis do trabalho dizem respeito a um estatuto legal, ao estatuto da profissão.”

Por este motivo, não temos com refutar ao nosso entender a aplicação da Lei nº 11.788/2008 aos contratos em vigor, salvo no que diz respeito ao art. 11, que destaca a possibilidade de se pactuar um contrato de estágio por prazo superior a dois anos, fato este que, inclusive, não consideramos justo, pois se ambas as partes entendem por bem em manter o vínculo de estágio por mais de dois anos, estão, a partir de agora, impossibilitadas de fazer valer suas vontades, o que gerará mais mão de obra ociosa e, em muitos casos, impossibilidade de efetivação do estagiário no quadro de empregados do tomador, após a conclusão do curso.

O que não entendemos como correto é que os contratos em vigor que já tenham duração de dois anos ou mais tenham que ser rescindidos, motivo pelo qual entendemos que referido espaço de tempo deverá ser contado a partir da eficácia da Lei." (Direito do Trabalho, 6ª edição, editora Rideel)

PARA AS PRÓXIMAS PUBLICAÇÕES VEREMOS:

Dicas para iniciar o estágio e permanecer nele;

Dicas para tirar proveito do estágio e realizar-se profissionalmente;

Dicas para falar bem e lidar com o público;

e mais....

Obs: as dicas que serão postadas são resultado de uma pesquisa que fiz com vários profissionais que são bem sucedidos na carreira profissional.