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sábado, 15 de maio de 2010

PENSAR, FALAR E QUESTIONAR...

Pensamento: sua importância no desenvolvimento da linguagem.

 

Para entendermos o pensamento e sua relação com a linguagem e o ensino, antes buscamos falar do pensamento numa perspectiva filosófica, já que podemos dizer que na filosofia, os questionamentos são buscados pelo pensamento. O pensamento é o passeio da alma, é a maneira com que nosso espírito parece sair do corpo para conhecer o mundo. É essa curiosa atividade por meio da qual saímos de nós mesmos sem sairmos de nosso interior. É também a maneira pela qual  sair de si e entrar em si são uma só e mesma  coisa, como um vôo sem sair do lugar. Isso seria o que a criança faria se o professor, especificamente o de português procurasse desenvolver a linguagem do aluno, sobretudo a língua padrão, por meio do estímulo do pensamento imaginativo, fazendo com que o aluno viaje, saia de si e dê asas à imaginação.

 

O pensamento é uma atividade diária, pensamos sozinhos ou acompanhados, cada pessoa pensa de maneira diferente e é por meio do pensamento que se aprende, que se questiona, que se liberta, que cria e produz, tudo expressado por meio das palavras. É por isso que estamos buscando uma forma de mostrar que o estímulo do pensamento é de grande importância para o desenvolvimento da linguagem, é preciso saber pensar para se expressar bem, por isso há uma necessidade extrema sobre  a reflexão do uso da linguagem. Essa reflexão se processa no pensamento.

 

O desenvolvimento cognitivo do ser humano se acelera consideravelmente após a aquisição da linguagem. Este impulso nos processos cognitivos começa quando criança, por meio da visível interação com o mundo e com os falantes ao seu redor. É durante esta evolução que a criança aprende a estruturar seus pensamentos para representar o mundo que a cerca. Sabemos, portanto, que a maior parte desse período a criança passa na escola, se não houver uma variedade de estímulos para pensar e falar a criança não se desenvolverá ao ponto de saber argumentar, seja sobre qualquer que seja o assunto. 

 

Quando somos estimulados a falar automaticamente somos estimulandos a pensar e vice versa. Essa é uma atividade que amplia a competência discursiva, no entanto, boa parte das crianças e jovens estudantes brasileiros, só tem acesso aos textos escritos através da escola. O ideal seria ter contato com diversos tipos de textos, bem como o contato com pessoas diferentes, pois falar estimula o pensamento, levanta questionamento, levantando assim, uma evolução subsequente de um ao outro - sim, porque pensar e sucessivamente falar sobre tais, num treinamento diário e progressivo que posteriormente poderá tornar-se mais complexo. 

 

Pensar é “refletir; meditar; é um processo mental que se concentram as idéias; atividade de conhecimento; consciência; raciocínio; formulação de um juízo etc”. Podemos observar que em todos os conceitos, o pensamento aparecem numa perspectiva intrapessoal, ou seja, é possível várias pessoas simultaneamente pensar em um mesmo fato, mas cada uma dessas pessoas terá seu modo individual de pensar, porém nem por isso o fato deixará de existir como é. Fato é que não existe formas padronizadas de pensar, mas o ato de refletir, pensar e dar sua própria resposta facilita o seu desenvolvimento lingüístico e aflora o senso crítico. 

 

O pensamento está inter-relacionado à linguagem, ao pensar e refletir sobre uma questão, de qualquer maneira estará usando conceitos ou significados diferentes  para articulá-lo por meio das palavras, assim você cria um sistema de argumentação exclusico. Enfim, o que não pode acontecer é ficar parado, ler é um fator primordial no desenvolvimento do pensamento, mas já falamos da leitura em outra matéria.

          por PATRÍCIA MÁRIS 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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